Juíza da Guatemala nega habeas a McAfee; site anuncia liberação
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Juíza teria determinado que McAfee entrou ilegalmente na Guatemala e deve permanecer preso; seu blog nega Foto: Reuters |
Uma juíza guatemalteca recusou o pedido de habeas-corpus feito pelo americano John McAfee, pioneiro do software antivírus, e agora só aguarda um veredito da Migração para determinar sua situação no país, segundo a agência de notícias AFP. O site do milionário, porém, afirma que a Justiça decretou sua prisão como ilegal, e que ele será solto na manhã de quinta-feira. Em seu blog, um colaborador acredita que McAfee será autorizado a voltar aos Estados Unidos.
A magistrada Judith Secaida explicou que a defesa do americano apresentou recurso no dia 5 de dezembro para argumentar sobre o que considera uma detenção irregular de seu cliente. No entanto, depois de uma visita à Reserva de Migração da Guatemala onde ele está recluso, a juíza determinou que ele está sendo bem tratado e, segundo a AFP, reconheceu que McAfee entrou ilegalmente no país.
Entenda o caso
John McAfee é o principal suspeito do assassinato do expatriado americano Gregory Faull, seu vizinho em San Pedro, Belize, país da costa nordeste da América Central, ao lado do México e da Guatemala. Faull foi encontrado morto com um tiro na cabeça na noite do dia 10 de novembro em sua casa. A polícia procurou McAfee no domingo (11) para interrogatório, mas ele se enterrou em um buraco na areia da praia, de onde observou a movimentação policial por 18 horas, e escapou dos agentes.
Para continuar fugindo da polícia, McAfee também pintou o cabelo. No dia 4 de dezembro, ele chegou à Guatemala, onde pede asilo político. Ele cruzou a fronteira entre os dois países ilegalmente acompanhado da sua noiva. De acordo com o jornal El País, o milionário andava armado como um mercenário em Belize. Desde que iniciou sua fuga, McAfee acusou ex-funcionários de planejarem incriminá-lo e matá-lo e, em uma entrevista, negou ser paranoico.
Segundo McAfee, que vem relatando sua fuga em um blog, ele está 'na mira' das autoridades desde que se negou a fazer uma contribuição a um político local. Em abril deste ano, ele teve sua casa em Belize invadida por policiais, que encontraram um laboratório de química, US$ 20 mil e um estoque de armas de fogo. McAfee chegou a oferecer US$ 25 mil como recompensa para quem provar sua inocência. Em 2010, McAfee vendeu para a Intel a empresa que criou em 1980. Desde então, não tem mais participação na companhia, que ainda leva seu nome.
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