Em Ohio, democratas dão até carona para levar eleitores às urnas

Voluntários democratas tentam levar jovens, como Diandre Coker, às urnas, apesar de desilusão com Obama. Foto: Carla Ruas/Especial para Terra
Voluntários democratas tentam levar jovens, como Diandre Coker, às urnas, apesar de desilusão com ObamaFoto: Carla Ruas/Especial para Terra
(do Terra) O jovem Diandre Coker, 18 anos, saiu orgulhoso de um local de votação na tarde desta terça-feira em Cincinnati, Ohio, onde votou pela primeira vez. Mas ele só chegou até a urna depois que foi incentivado por voluntários democratas. A ordem do dia no principal comitê da cidade era fazer de tudo para que apoiadores de Barack Obama votassem, para desempatar a disputa presidencial no Estado - considerado fundamental para a vitória no Colégio Eleitoral. Coker havia se registrado há dois meses como eleitor preenchendo um formulário na rua, mas nunca recebeu confirmação do registro. Hoje, ao passar na frente do comitê democrata, resolveu perguntar se estava apto a votar. A coordenadora de voluntários Bonnie Birkman, 66 anos, não só verificou sua situação prontamente, como descobriu seu colegio eleitoral e ofereceu carona para leva-lo até o local. Bonnie convenceu pelo menos outros cinco jovens a votarem pela primeira vez nesta terça. Número que, segundo ela, pode fazer a diferença, já que a juventude é um grupo essencial para a vitória de Obama, mas que se encontra desmotivado. "Os jovens ficaram muito desapontados quando o presidente não conseguiu fazer tudo que tinha prometido no primeiro mandato. Mas a culpa foi do Congresso", acredita. Motivada, Bonnie coordenou outros 75 voluntários nesta eleição, orientando-os a fazerem tudo que fosse possivel para "extrair o voto" dos apoiadores do democrata. "Nós temos pessoas batendo de porta em porta perguntando se os moradores já votaram, dando carona para eles e depois ficando na fila enquanto vão ao banheiro", diz. A maior parte dos voluntários fica do lado de fora dos locais de votação, onde distribuem uma cédula com os candidatos democratas e respondem perguntas dos eleitores. Do lado de dentro alguns advogados ficam próximo das urnas para fiscalizar o processo eleitoral. "Todo esforço é valido porque chegou o dia. Hoje é a ultima chance para tentar reeleger o presidente", diz. A previsão é que os voluntários trabalhem até o fim da noite, uma vez que os eleitores que estiverem na fila até 19h30, ainda tem direito de votar. Quando todos os votos tiverem sido registrados, eles vão se reunir num restaurante do outro lado da rua do comitê para acompanhar a votação. Caso Barack Obama seja reeleito, a ordem será para fazer muita festa. Voluntária ajudou com carrinhos de bebê No Centro Comunitário Emanuel, um dos locais de votação no centro de Cincinnati, a voluntária Denise Ann estava levando o seu trabalho bem a sério. Ela ajudou pelo menos duas mães democratas a subirem as escadas até as urnas com os carrinhos dos seus bebês. "Eu não quero arriscar que elas desistam de votar no Obama", justifica. Para que a situação não se repetisse, ela ligou para seu supervisor e pediu que ele fosse até o Centro Comunitário inspecionar a acessibilidade do prédio. A iniciativa levou o responsável pelo local de votação a abrir uma porta que leva até um elevador interno. Para garantir, Denise, que é voluntária pela primeira vez, disse que ficaria de plantão no local até o fim do dia. "O voto dessas pessoas é importante. É a voz delas na cédula", diz. Americanos vão às urnas Os americanos escolhem nesta terça-feira seu presidente. O atual mandatário, o democrata Barack Obama, disputa a preferência dos eleitores com o republicano Mitt Romney. Diferente do Brasil, as eleições americanas são indiretas. O candidato mais votado em cada Estado leva todos os seus delegados. No fim, o candidato com maior número de delegados - e não de votos - sai vencedor.
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