Chamado de "vagabundo", Lúcio se dispõe a disputar Série B pelo Palmeiras

Lúcio defendeu o Palmeiras durante a Série B de 2003 Foto: Marcelo Ferrelli / Gazeta Press
Lúcio defendeu o Palmeiras durante a Série B de 2003
Foto: Marcelo Ferrelli / Gazeta Press
(do Terra) Antes de cair em desgraça com a torcida palmeirense, o lateral esquerdo Lúcio brilhou na campanha que levou a equipe de volta para a Série A do Brasileiro, em 2003. Hoje sem clube, após dispensa do Náutico, o jogador disse ter ficado decepcionado com o desempenho de seu ex-time durante esta temporada e se colocou à disposição para ajudar os alviverdes a voltarem para a elite do futebol nacional. "O cara que se negar a jogar no Palmeiras está louco", disse o lateral. Com a experiência adquirida aos 33 anos, Lúcio acredita que poderia assumir um papel ainda mais importante para administrar os problemas que serão encontrados pelo elenco no segundo escalão do principal torneio do País. "Eu estou à disposição e assumiria essa vaga tranquilamente. Eu ainda contaria com uma responsabilidade maior, porque já conheço o ambiente do clube." Lúcio foi contratado pelo Palmeiras após o técnico Jair Picerni assumir a equipe no começo do ano. O jogador havia acumulado boas passagens no interior de São Paulo e aparecia como um dos destaques do São Caetano. Responsável por assumir a titularidade da lateral esquerda na Série B, ele, à época com 22 anos, se consolidou na posição e virou um dos pilares do time alviverde naquela temporada. Ao rever a campanha do clube paulista neste ano, o atleta lamentou que todo o esforço gasto em 2003 tenha sido em vão. "A primeira coisa que veio na minha cabeça foi toda a situação para subir. Eu lembro o quanto foi difícil a nossa trajetória e penso nos times que ficam quatro, cinco anos tentando subir de divisão novamente. Uma Série B hoje é quase uma Série A, pois temos times com uma grande história no futebol", disse. Apesar de ter acumulado boa passagem na segunda divisão, o lateral não agradou aos torcedores nos campeonatos seguintes e deixou o Palestra Itália com fama de ‘vagabundo’. Nesta temporada, o atleta atuou pelo Náutico e encontrou a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari no primeiro turno. Mesmo derrotado por 3 a 0, na Arena Barueri, o jogador procurou apontar os erros acumulados pelos palmeirenses ao longo do ano. "Foi uma mudança constante. Faltou uma equipe titular. O time jogava a Copa do Brasil e priorizava demais essa competição. Lá não tem rebaixamento, e sim eliminação. No Brasileiro é tudo muito equilibrado e aí você vê a diferença para os times que têm um elenco grande. Faltou mesclar um pouco as duas equipes, porque o cara que não jogava a Copa do Brasil iria dar a vida no Brasileiro", constatou. Enquanto aguarda uma definição do seu futuro e analisa propostas vindas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, Lúcio também terá de responder na Justiça a um processo movido pelo atual técnico do Náutico, Alexandre Gallo. Diante de tantas pendências, o atleta aproveitou para aconselhar os jogadores que permanecerão no Verdão em 2013 e cobrou personalidade do time que tentará voltar à primeira divisão nacional. "Todos eles precisarão de muita personalidade. A torcida vai cobrar, porque quer reverter essa situação e você precisa de paciência e personalidade. É essa a palavra que abrange tudo que eu estou tentando passar em termos de Série B. Com isso, você tem 40% ou 50% do caminho andado", finalizou o agora desafeto da torcida alviverde.
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