A edição 2012 da Febratex cresceu 12% em número de expositores em relação à feira de 2010 Foto: Jandyr Nascimento / Agencia RBS |
(do Santa) Organizadores e expositores acreditam que a crise na Europa e os contratempos na logística não devem prejudicar a 13ª edição da Feira Brasileira para a Indústria Têxtil (Febratex), que começa nesta terça-feira e segue até sexta-feira em Blumenau, no Vale do Itajaí. Apesar dos números negativos em um dos principais mercados consumidores do mundo e os atrasos provocados pelas greves dos servidores federais, a organização está confiante e acredita que o volume de negociação deve se igualar ou superar o feito em 2010, quando a Febratex movimentou R$ 1,32 bilhão. A edição 2012 da Febratex cresceu 12% em número de expositores em relação à feira de 2010, apesar do cenário internacional desfavorável. Há seis meses, alguns participantes chegaram a desistir do evento, mas logo foram substituídos pelos que estavam na fila de espera. O diretor-presidente do grupo FCem — promotor da feira —, Hélvio Roberto Pompeo Madeira, acredita que a Febratex será decisiva para a concretização dos negócios que já foram prospectados. Mas a crise na Europa não foi a principal preocupação da organização. Madeira diz que as greves dos funcionários federais que atingem os portos, principalmente da Receita Federal, atrasaram a montagem dos estandes. Algumas empresas recorrem à Justiça para liberar os equipamentos. Apesar do contratempo, Madeira afirma que graças ao apoio da direção do Porto de Itajaí, a maior parte das máquinas foi liberada. Os importadores que usaram os portos de Santos e Paranaguá tiveram mais problemas. — Em quase toda feira temos problemas com greves. A lição para a próxima é antecipar ainda mais o cronograma de importações — afirma Madeira. Um mandado de segurança emitido na quinta-feira garantiu à Silmaq, de Blumenau, que a principal máquina da empresa fosse liberada a tempo para a participação na feira. O diretor de operações da Silmaq, Ricardo Fischer, conta que o contratempo atrasou a montagem do estande — um dos maiores. Apesar de ter encarecido a participação na feira, a medida foi necessária para garantir que a impressora digital de estampa de 3,5 toneladas, sete metros de comprimento e quatro e meio de largura chegasse pela primeira vez ao Brasil. Ela foi trazida de avião de Israel. Quanto às vendas, Fischer mantém os pés no chão, mas ainda assim acredita no bom volume de negócios devido à necessidade das indústrias se manterem competitivas. Por conta da Operação Padrão dos funcionários da Receita Federal, que atrasa as liberações nos portos e aeroportos desde meados de junho, uma das apostas da Welltec, vinda da China, chegará provavelmente quarta-feira à Febratex. Elias Martins, diretor de negócios da empresa, diz que apesar dos atrasos e da crise na europeia, a expectativa é de um crescimento de cerca de 30% no volume de negócios da empresa em comparação à feira de 2010. — Penso que três fatores farão a feira muito boa: o câmbio favorável para a indústria nacional, a fiscalização mais rigorosa em relação aos importados e as linhas de crédito facilitadas para equipar os têxteis. Penso que as oportunidades surgem nas crises — avalia Martins. Serviço: Febratex - No Parque Vila Germânica, em Blumenau. Entrada gratuita (a organização sugere a doação de 2kg de alimentos não-perecíveis que serão entregues à Apae, à Associação de Pais e Portadores de Mielomeningocele e Neoplasia e à Associação Blumenauense na Luta Contra o Câncer. De terça até sexta-feira, das 14h às 21h. Informações: www.febratex.com.br.
0 comentários