Com 9s63, Usain Bolt bateu o recorde olímpico dos 100 mFoto: Marcelo Pereira/Terra |
(do Terra)Usain Bolt bateu o recorde olímpico e conquistou o bi nos 100 m rasos na noite deste domingo diante de 80 mil pessoas que gritavam ensandecidas o seu nome. Mesmo assim, o jamaicano ainda não se considera uma lenda do esporte e acredita que precisa de mais conquistas. O corredor mais rápido do planeta concedeu entrevista coletiva nesta noite, após ganhar mais um ouro olímpico. Bolt chegou na sala completamente lotada de jornalistas fazendo graça, brincando com seu amigo e compatriota Yohan Blake, que conquistou a prata na mesma prova, e reclamando do excesso de regras em Londres. Afirmou que, evidentemente, estava feliz com o resultado, mas que não considera a performance da noite deste domingo como impecável. "Não foi uma largada perfeita, então tudo que eu tive que fazer foi me concentrar nos últimos 50 metros. Eu simplesmente corri. Meu técnico já tinha me dito para não me preocupar com a largada porque sou bom no resto da prova. E foi o que eu fiz". Bolt brincou ao afirmar que "não vou dizer que sim (que foi uma corrida perfeita) porque meu treinador vai dizer que não", brincou. "Mas esse é o segundo melhor tempo do mundo, então estou feliz, claro." O jamaicano ressaltou que o ouro em Londres foi ainda mais especial que a conquista quatro anos atrás, em Pequim. "Significa bastante para mim porque muitos duvidaram que eu iria conseguir, falaram muito. Mas provei que ainda sou o melhor, o número um. Estou muito feliz." Ele reconheceu, entretanto, que estava um pouco ansioso antes da prova. E que temeu repetir o fiasco do mundial de Daegu em 2011, quando queimou a largada e foi desclassificado da final dos 100 m. "Já deixei para trás (o mundial de Daegu), mas ainda está na minha cabeça. Estaria mentindo se dissesse que não pensei nisso. Mas quando entrei na pista e vi a multidão gritando meu nome pensei que aquela hora era a Olimpíada." Mesmo depois do triunfo, Usain Bolt acredita que ainda pode ir mais longe. Disse esperar correr no Rio de Janeiro em 2016 e competir ao lado de Yohan Blake, "que até lá vai ter 26 anos. Será uma disputa interessante. Mas ainda não sei o que vou fazer depois de Londres. Preciso conversar com o meu técnico, talvez focar em apenas um evento. Vamos ver". E se, de fato, estiver no Brasil daqui a quatro anos, Bolt talvez alcance novos triunfos e enfim se considere uma lenda do esporte. Algo que ele ainda não se auto-intitula. "Esse é o meu principal objetivo. E quando me tornar uma lenda, terei que pensar em outra meta. Estou trabalhando para isso agora."
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