Os líderes sindicais Luis Carlos Prates (Mancha), Antonio Ferreira de Barros (Macapá) e José Maria de Almeida concederam uma coletiva nesta terça-feiraFoto: Adriano Lima/Terra |
(do Terra)O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, conhecido como Macapá, pediu uma intervenção federal às possíveis demissões de cerca de 2 mil funcionários na fábrica da General Motors (GM) na cidade. A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira, em coletiva realizada na sede do sindicato de São José dos Campos - no interior de São Paulo. "Queremos que a (presidente) Dilma tome uma medida para impedir que essas demissões sejam feitas", afirmou Macapá. Às 11h desta quarta-feira irá ocorrer uma reunião entre representantes da GM, do Ministério do Trabalho, do governo federal e do sindicato da cidade. A GM concedeu licença remunerada a 2,7 mil empregados do complexo industrial e suspendeu a produção nesta terça-feira. De acordo com o sindicato, cerca de mil trabalhadores foram "expulsos" do local por volta das 3h da manhã desta terça-feira. "A situação é delicada por conta de três aspectos: a primeira é como a empresa retirou os funcionários de dentro da fábrica. É uma medida descabida e considerada ilegal. A segunda questão é de que o setor não tem do que reclamar, porque não vive uma crise e a terceira é que essa cadeia - que engloba a produção do Classic, Corsa, Meriva e Zarifa - é uma das mais rentáveis da marca. Essas demissões são injustificáveis, já que dos R$ 20 bilhões de faturamento da GM do ano passado, R$ 8 bilhões saíram daqui", disse Macapá. Os líderes sindicais apresentaram ainda três propostas para que as demissões não sejam realizadas. A primeira é de que todas as unidades dos modelos Classic sejam produzidas na planta da cidade (já que a Meriva e Zafira deixarão de ser produzidas em breve); a segunda é de que o Sonic deixe de ser importado da Coreia do Sul e passe a ser montado no interior paulista e a terceira é de que a produção da fábrica se volte para os caminhões. "O que eles querem é produzir esses modelos em outra planta para terem mais rentabilidade. A empresa não precisa construir novos modelos para manter esses empregos. Ela tem responsabilidade social e não tem o direito de fazer o que está fazendo. Queremos a garantia dos empregos", afirmou Luis Carlos Prates, o Mancha, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. O Terra não conseguiu localizar os responsáveis da GM para comentar o caso.
0 comentários