Temos que nos defender da guerra cambial, diz Mantega sobre IOF

(do Terra) O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, defendeu nesta quinta-
feira a medida tomada pelo governo
de estender a vigência da alíquota
de 6% do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) sobre empréstimos
de curto prazo tomados em
instituições internacionais. Na edição
desta quinta-feira do Diário Oficial
da União, o governo publicou uma
medida que aumenta a vigência do
IOF maior (de 6%) para
empréstimos com prazo de
pagamento menor que três
anos.Segundo Mantega, a medida
vai desestimular a tomada de
empréstimo em bancos e empresas
do exterior, o que gera um excesso
de dólares no Brasil e prejudica o
câmbio, pois desvaloriza a moeda
americana. O dólar mais barato é
ruim para a indústria brasileira, já
que torna os produtos nacionais
mais caros e menos competitivos no
mercado externo."(A trajetória de
queda do real) é ruim para a
economia brasileira. Quando o real
se valoriza, diminui nossa
competitividade, as exportações
brasileiras ficam mais caras e os
importados mais baratos. É uma
competição desleal com as empresas
nacionais. É a chamada 'guerra
cambial'. O governo não ficará
assistindo impassível essa guerra
cambial", afirmou Mantega.Para
impedir o excesso de dólares no
mercado brasileiro, o governo
também vai continuar comprando a
divisa. "O governo não ficará
assistindo impassível essa guerra
cambial, temos que nos defender e
a defesa é comprar o excesso de
dólar que existe hoje", destacou
Mantega.Como medida para tentar
sanear a crise financeira
internacional, os países atingidos
pelos abalos econômicos estão
baixando juros e aumentando a
oferta de crédito, que têm como
destino investimentos mais seguros,
principalmente nos países
emergentes."Por que escolhem o
Brasil? Porque é um dos países que
dá mais solidez e segurança, e neste
momento eles têm insegurança em
relação a outros países. Nossos
bancos e empresas estão tomando
crédito barato lá fora. Se não quiser
pagar esse tributo é só tomar
crédito de mais longo prazo, que é
mais saudável", disse.

Categorias:

0 comentários