PB: suspeitos de estupro coletivo são levados para cela comum

(do Terra) Os sete adultos suspeitos do
estupro de cinco mulheres e do
assassinato de duas delas durante
uma festa, em Queimadas (PB),
foram transferidos nesta sexta-feira
para uma cela comum do presídio
de segurança máxima PB1, em João
Pessoa (PB). Outros três
adolescentes são suspeitos de
envolvimento nos crimes.
Segundo o secretário estadual da
Administração Penitenciária da
Paraíba, Harrison Targino, a
natureza dos crimes exige
determinados cuidados, o que
motivou o período de isolamento a
que os suspeitos foram submetidos
até agora. Havia o temor de risco à
integridade dos homens caso
dividissem celas com outros presos.
"Mas eles já estão em celas comuns,
tratados como prisioneiros comuns
e à espera de decisão da Justiça",
disse o secretário.
Targino recomendou à direção do
PB1 os cuidados necessários para
que o sistema prisional garanta a
integridade física dos suspeitos, bem
como dos outros detentos. O PB1 e
o PB2, que formam um só presídio,
têm capacidade de 700 detentos e,
atualmente, abrigam cerca de 640
detentos.
Na madrugada desta sexta-feira,
houve um princípio de tumulto no
presídio. Agentes de segurança
penitenciária e policiais militares de
plantão no PB1 ouviram um barulho
em três celas. A secretaria acionou o
Grupo Penitenciário de Operações
Especiais da Paraíba (Gepoe) e
pediu reforço policial, controlando a
situação posteriormente. Não foi
informado se o tumulto tem relação
com a presença dos suspeitos do
caso de Queimadas.
Indiciamento
Na quarta-feira, a Polícia Civil em
Campina Grande, que investiga o
caso, indiciou os 10 suspeitos pelos
crimes. Para a polícia, o crime foi
planejado por dois irmãos que
estão entre os presos. Eles teriam
organizado uma festa de aniversário
para atrair mulheres para serem
abusadas.
Conforme a investigação, um dos
irmãos assediava, sem ser
correspondido, uma das vítimas.
Eduardo dos Santos e o irmão,
Luciano, teriam combinado com
comparsas de simular um assalto
durante a festa. No início da
madrugada, quatro homens
armados e encapuzados invadiram a
comemoração, trancaram seis
mulheres em um quarto e abusaram
sexualmente de todas. Segundo a
polícia, eles tiveram o auxílio de
mais dois homens que já estavam na
festa para levar as mulheres para o
quarto. Depois que as vítimas foram
trancadas, Luciano e o irmão
também teriam ido até o aposento
para participar do estupro.
O grupo fugiu em dois carros,
levando como reféns a secretária
Michelle Domingos, 29 anos, e a
professora Isabela Pajuçara, 28
anos - mais tarde encontradas
mortas. Elas teriam sido
assassinadas porque reconheceram
os irmãos.

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