Deco sacramenta "renascimento" no Flu com grande atuação em final

Deco brilhou na vitória do Fluminense na decisão da Taça Guanabara. Foto: Daniel Ramalho/Especial para Terra
(do Terra) E não é que o técnico do Vasco tinha razão? Na sexta-feira durante a entrevista coletiva em São Januário, Cristóvão Borges tinha comentado que era preciso algum tipo de marcação especial sobre Deco, camisa 20 do Fluminense, porque senão ele seria capaz de tomar conta do jogo. E o meio-campista tomou mesmo conta da decisão da Taça Guanabara, na qual o clube das Laranjeiras superou o time de São Januário por 3 a 1.
Deco começou a verdadeira exibição com um lençol maravilhoso em cima do Juninho, que obrigou o árbitro do jogo a dar um cartão amarelo ao camisa 8 do Vasco.
Tudo bem que Deco não participou nada do pênalti que deixou o Fluminense em vantagem aos 35 do primeiro tempo. O pênalti, sofrido pelo Wellington Nem, acabou cobrado, com categoria, por Fred, que tirou o zero do placar em um duelo equilibrado. Apesar do centroavante ter anotado o gol, quem foi o jogador que freou qualquer possibilidade de reação por parte do Vasco? Deco.
Aos 44min do primeiro tempo, o camisa 20 do Flu dominou livre no meio-campo, e sem marcação (Cristóvão tinha avisado) ludibriou o goleiro Fernando Prass. O camisa 20 fingiu o cruzamento e bateu certeiro no ângulo direito do vascaíno, que falhou na jogada. Golaço e 2 a 0 Flu.
O Vasco foi para o vestiário tentando entender o que tinha acontecido e voltou até bem no segundo. Só que em mais um lance de genialidade de Deco, após bola roubada por Bruno no campo de defesa do Fluminense, Thiago Neves recebeu do camisa 20 e deu a assistência para Fred fazer o terceiro.
E por pouco não saiu o quarto. Deco descolou um belo passe de três dedos para Wellington Nem, que, aproveitando falha de posicionamento de Rodolfo, entrou na cara de Fernando Prass e perdeu o gol.
A taça estava garantida, mas Deco não desistia do jogo. Passou o resto da partida conversando com o técnico Abel Braga, acertando o posicionamento do time, não deixando a equipe se sentir acomodada e permitir qualquer reação por parte do adversário de São Januário.
Enquanto a torcida do Vasco, por volta dos 28min, já ia se despedindo da Taça Guanabara e deixando o estádio Olímpico João Havelange, Deco queria mais. Não desistiu de apertar a marcação da saída de bola de um adversário já desanimado com o placar contrário. E o camisa 20 tinha razão. O Vasco pressionou, fez um gol e pressionou o Fluminense no fim. Mas o resultado estava consolidado.
Nem de longe parecia o Deco das sucessivas lesões de 2010 e 2011 e que por três vezes o fizeram pensar em pendurar as chuteiras. Parece que a chegada de Abel ao comando do time, no meio do ano passado, deu um supro de juventude ao futebol do meia. E isso levou o time de volta à Libertadores e de volta à conquista da Taça Guanabara após 19 anos.
Tudo isso 18 meses depois de vencer seu último clássico, justamente contra o Vasco, em novembro de 2010 pelo Campeonato Brasileiro. Agora, o Fluminense e Deco possuem o caminho livre para pensar apenas na Libertadores e esperar por um adversário na final do Estadual, em maio.
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