Dólar fecha em queda de quase 1%, depois de oscilar ao longo do dia


(do G1) Após um pregão de muita instabilidade, o dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (26), reagindo à melhora nos mercados internacionais pelo otimismo com uma resolução para a crise de dívida na zona do euro.

A moeda norte-americana recuou 0,90%, a R$ 1,822 na venda.
Na última sexta-feira, o dólar havia caído 3,24%, interrompendo uma sequência de cinco altas seguidas.
Em setembro, a divisa ainda acumula alta de 14,41%. No ano, a valorização do dólar em relação ao real é de 9,36%.
Zona do euro
Ante uma cesta de moedas, o dólar caía 0,5%, enquanto as bolsas de valores em Nova York cravaram altas acima de 2%, sinalizando o maior apetite por risco oriundo do alívio nas tensões na zona do euro.
Investidores repercutiram declarações de autoridades do bloco de que estariam estudando planos para reduzir a dívida da Grécia e recapitalizar bancos. Além disso, há expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa promover um corte de juros maior que o esperado na reunião de política monetária do próximo mês.
Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o dólar deve continuar oscilando ao sabor dos desdobramentos da crise na zona do euro. O profissional, contudo, ponderou que o Banco Central (BC) seguirá combatendo movimentos bruscos, como o que fez o dólar disparar nas últimas semanas.
"A impressão que deu é que o BC não vai permitir um dólar acima de R$ 1,90, mas também não quer uma cotação menor que R$ 1,70, justamente o patamar em que ele parou de comprar no (mercado) à vista", afirmou.
Na quinta-feira, o BC interveio pesadamente no mercado ao utilizar contratos de swap cambial tradicional para conter a disparada do dólar. A medida conseguiu reduzir a alta a 2,26% naquele dia, após a cotação ter superado R$ 1,95, maior patamar desde julho de 2009.
Nesta segunda-feira, a autoridade não atuou no mercado cambial, repetindo a estratégia do pregão anterior.
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