Senado dos EUA aprova plano bipartidário para evitar ' calote '

(do G1) No último dia do prazo para que os
Estados Unidos elevem seu limite de
endividamento, o Senado do país
aprovou nesta terça -feira (2 ), por 74
votos a 26 , o plano bipartidário
formulado pelos líderes do Congresso .
Na noite da segunda, o projeto havia
sido aprovado na Câmara dos
Representantes por 269 votos a favor
e 161 contra .
Logo após ser aprovado pelo
Congresso , o presidente americano
Barack Obama promulgou nesta o
acordo que eleva o teto da dívida
americana logo depois de sua adoção
no Congresso , permitindo assim evitar
um default , anunciou a Casa Branca .
"O presidente assinou o texto que se
tornou uma lei", declarou à imprensa
o porta -voz da Casa Branca , Jay
Carney .
O processo para que republicanos e
democratas conseguissem fechar um
acordo foi “bagunçado e levou muito
tempo” , nas palavras do próprio
presidente Barack Obama . Na noite
do último domingo , Obama fez um
pronunciamento para dizer que os
líderes dos dois partidos haviam
chegado a um acordo para elevar o
limite da dívida dos Estados Unidos e
evitar um default ( termo técnico para
“calote ”) .
A primeira parte do acordo vai cortar
cerca de US$ 1 trilhão nos próximos
dez anos , segundo explicou Obama
durante pronunciamento feito no
domingo .

O presidente da Câmara dos
Deputados , John Boehner , detalhou
que a proposta prevê um corte de US$
917 bilhões nos gastos domésticos ao
longo de dez anos , além da formação
de uma comissão para definir mais US
$ 1 ,5 trilhão em redução de gastos até
novembro .
Com a elevação do teto da dívida, o
país pode pegar novos empréstimos e
cumprir com pagamentos obrigatórios .
Em maio , a dívida pública do país
chegou a US $ 14,3 trilhões (cerca de R
$ 22, 2 trilhões), que é o valor máximo
estabelecido por lei . Nos EUA, a
responsabilidade de fixar o teto da
dívida federal é do Congresso .
Votações
A votação ocorrida na segunda -feira
na Câmara dos Representantes foi a
terceira em menos de duas semanas
na busca de um acordo para a
redução do déficit orçamentário do
país e elevação do limite de
endividamento do governo federal .
Na última sexta - feira, a Câmara
aprovou um plano republicano ,
formulado por John Boehner , sobre o
assunto. A votação deveria ter
ocorrido na quinta- feira, mas foi
adiada pelo temor de que não haveria
votos suficientes para aprovar as
medidas . Poucas horas depois da
aprovação na Câmara, o projeto foi
rejeitado no Senado, de maioria
democrata .
No dia 19, um primeiro plano
republicano também havia sido
aprovado na Câmara , mas foi
rejeitado no Senado, onde não
chegou nem a ir a votação.
Credibilidade
A luta contra o tempo do governo dos
Estados Unidos visava preservar sua
credibilidade de bom pagador. Sem
um acordo até a meia -note desta terça
(1 h , horário de Brasília ) , o país
poderia ficar sem dinheiro para pagar
suas dívidas : ou seja, havia o risco de
calote - que seria o primeiro da
história americana .
Obama
Em pronunciamento feito no domingo ,
Obama agradeceu ao povo americano
por " vozes, e -mails , twitts " que
pressionaram os políticos .
O presidente dos Estados Unidos
destacou que, como resultado do
acordo fechado , " os EUA terão o nível
mais baixo de gastos domésticos
anuais desde que Eisenhower foi
presidente ", mas ressalvou que ainda
assim, é "um nível de cortes que
permite fazer investimentos na criação
de empregos, educação e pesquisa " .
"Também asseguramos que esses
cortes não acontecessem de forma tão
abrupta. A solução definitiva para o
déficit precisa ser equilibrada",
acrescentou o presidente .
O líder americano afirmou ainda que
apesar da opinião de "alguns
republicanos", será necessário "pedir
aos americanos mais ricos e às
maiores empresas para abrir mão de
benefícios fiscais".

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