Em um comunicado oficial à imprensa, a operadora de telefonia Vodafone Egito informou que, por obediência à legislação vigente no país, se viu forçada a enviar à sua base de clentes mensagens de texto favoráveis ao governo do presidente Hosni Mubarak.
Tanto a Vodafone quanto outras operadoras que atuam no Egito, como a Mobinil e Etisalat, estão funcionando sob a tutela de uma lei emergencial, que tem sido utilizada pelo governo desde o início dos protestos. Trata-se da mesma legislação que permitiu que Mubarak suspendesse os meios de telecomunicação do país.
Segundo o site “Read Write Web”, algumas das mensagens forçadamente enviadas pelas operadoras conclamavam a população à proteger o país dos ‘traidores e criminosos’ e honrar o ‘precioso Egito’.
A operadora fez questão de ressaltar que as mensagens não traduzem a opinião da empresa ou de seus funcionários, e que se isenta de responsabilidade sobre qualquer um dos conteúdos. “O grupo Vodafone se queixou às autoridades sobre o envio das mensagens, alegando trata-se de uma situação inaceitável. Deixamos claro que todas as mensagens deveriam ser transparentes e claramente atribuídas aos seus criadores”, frisa.
Em sua página do Facebook, a Vodafone avisou que todos os seus clientes pré-pagos receberiam algum crédito para ligações de forma gratuita, devido à falta de cartões pré-pagos no mercado. Os clientes pós-pagos também receberão o mesmo benefício, e a empresa ressalta que não irá cobrar multas por atraso nos pagamentos até que o período de crise se encerre, de acordo com o site The Register.